O que fazer em janeiro e fevereiro no Itaim Paulista?
É possível ter um faturamento decente nos piores meses do ano?
Sem dúvida nenhuma, janeiro e fevereiro são meses letárgicos e sonolentos, onde a maioria das pessoas estará, em algum momento, de férias. A retração na demanda com relação a vendas e serviços oferecidos proporcionada por este bimestre representa um declínio expressivo para a grande maioria das empresas. Com certeza, é o pior período do ano para o comércio e para a indústria, que, na grande maioria das vezes, fica com um faturamento que deixa seriamente a desejar, muitas vezes não sendo nem mesmo o suficiente para pagar as despesas. É possível, no entanto, quebrar este paradigma, e ter nestes dois meses atípicos um faturamento relativamente razoável, ou similar aos demais meses do ano?
É possível, mas dentro de alguns limites. Existem exceções, mas a verdade é que para a grande maioria das empresas, janeiro e fevereiro jamais irá se equiparar aos demais meses do ano. Evidentemente, conquistar um faturamento decente nestes dois meses depende de uma série de variáveis, e muitas delas você não será capaz de controlar. Portanto, mesmo que você se esforce bastante, nem sempre seus esforços serão recompensados. Mas, ainda assim, é melhor do que ficar parado, contando o estoque, não é mesmo?
Uma coisa que ajuda algumas empresas neste período do ano é a prospecção de novos clientes, bem como de clientes inativos. O que pode ser feito de três maneiras: por e-mail, por telefone e presencial. E-mails raramente darão resultado – embora você não deva descartar de imediato esta possibilidade – mas definitivamente ligar para possíveis clientes, e agendar um horário para visita, sem dúvida nenhuma, costuma ser a melhor forma de se manter ocupado neste período do ano. Você preencherá a sua agenda com atividades profissionais, e, dependendo das circunstâncias, conseguirá abrir alguns novos clientes, além dos antigos que, por uma razão ou outra, deixaram de comprar de você. Ao menos, conseguirá solicitações para elaborar alguns orçamentos, que poderão eventualmente transformarem-se em pedidos, e serem negociados.
É claro que você deve ser realista. Na grande maioria das vezes, você entrará em contato com vinte e cinco possíveis clientes, será contatado para fazer seis orçamentos, e destes seis, dois – quando muito – serão efetivados de fato em um pedido. Não se sinta frustrado se, depois de fazer o melhor possível, o cliente desistir, e o negócio acabar não se concretizando. Lembre-se: você não controla as circunstâncias – ao menos, não todas elas –, e assim como você está se esforçando ao máximo para não fechar o mês no vermelho, seu prospectivo cliente provavelmente passa pelos mesmos desafios. Obviamente, quanto mais clientes você visitar, mais chances terá de vender. Mas não crie expectativas muito altas. Você sem dúvida nenhuma aumentará as suas chances, mas isso não quer dizer que resultados factuais serão obtidos. Ao menos, não imediatamente.
Como tudo na vida, não existe uma fórmula garantida para o seu sucesso no primeiro bimestre do ano. Embora seu esforço e perseverança contem muito, tenha em mente que você nem sempre conseguirá os resultados desejados. E isso de forma alguma significa que você é um incompetente, ou um fracassado. A paralisia gerada nos primeiros dois meses do ano jamais poderá ser plenamente revertida.
Lembre-se: ter iniciativa em abrir novos clientes, além de mantê-lo ocupado, expandirá suas possibilidades de sucesso. Se você se mantiver atarefado, estes dois meses, além de passarem rápido, poderão ser concluídos com relativo êxito. Mas nunca se sinta frustrado se suas metas não forem atingidas. O mercado é regido por uma série de fatores oscilantes e variáveis, dos quais nós, infelizmente, pouco ou nenhum controle temos.